NOTA DE REPUDIO
A Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espirito Santo, vêm através desta REPUDIAR A AÇÃO TRUCULENTA, DISCRIMINATORIA E RACISTA DE POLICIAIS MILITARES da cidade de Feira de Santana – BA, que no dia 14 de julho de 2015, numa ação hostil, abordaram o indígena Edivan Queiroz do povo Fulni-ô, do estado de Pernambuco e estudante da Universidade Estadual de Feira de Santana – UEFS-BA, pelo simples fato do rapaz estar em uma situação comum as praticas culturais indígenas, fumando seu cachimbo. De forma violenta e discriminatória, os policiais o abordaram e começaram a discrimina-lo com tons de ameaças e preconceitos, quando em seguida, demais indígenas presentes no local, perceberam a ação e correram pra saber o que estava acontecendo. Contudo, os mesmos também foram abordados pelos policias e sofreram as mesmas opressões com preconceito e discriminação. O fato ocorreu no prédio Centro Social Urbano (CSU), onde indígenas e quilombolas de varias regiões do nordeste ficam alojados durante o período de realização do vestibular na cidade de feira de Santana – BA, lugar este organizados pelos próprios indígenas e quilombolas que já fazem cursos na UEFS. Não podemos aceitar que agentes do estado que são pagos pra manter a ordem e defender os direitos dos cidadãos possa vir atentar contra a dignidade de indígenas que buscam ocupar seus espaços dentro de Instituições Publicas e Federais de Ensino Superior, de forma preconceituosa e truculenta como foi feita essa abordagem. Exigimos das autoridades, apuração dos fatos e que os responsáveis pela ofensiva possam ser penalizados por sua ação violenta e racista. A APOINME solicita que este caso não fique em pune e que sirva de lição para que novos atos como este não volte a acontecer e que o comando da PM de Feira de Santana faça retratação oficial aos indígenas que diretamente foram discriminados. Respeitosamente,
George de Vasconcelos Coordenador Executivo da APOINME